Amor,
Eu tô de saco cheio de ficadas sem gosto
De garotas sem cor
Quero um tempero novo
Cheiro, sabor
Quero alguém pra me prender
Me segurar sem me soltar
Alguém pra quem eu possa
Deixar me abraçar
Um cantinho, um violão
Um acorde maior, feliz
Deixar pra trás essa terça menor
Dessa pintura de carvão e giz
Pra aquarela, flor amarela
Campos clarear
Num sono leve, doce
Me jogar e me afogar
E nessa pedaço de guardanapo eu me despeço
Meu espaço não faz jus
Encerro aqui
Meu manifesto à meia luz