Não quero ser gente
Quero ser coisa
Desforme aos olhos de quem vê
De forma definida aos corações de quem sente
Quero ser quem sou, sem ser quem querem que ‘seja
Que vão pro diabo que te carreguem com suas filosofias
Visões empedradas em velhas lápides do bon senso
Selando a vida da liberdade, da alegria de viver
Não quero suas regras
Feitas pra limitar a visão
Quero um verde campo de infinitas léguas
Pra enxergar com o coração
Olhos são pros fracos
Que não conseguem imaginar
Que não se permitem alçar vôos mais altos
Que a altura de um passo
Quem se contenta com isso faz uma escolha
Escolha é escolha e só diz ‘ao escolhedor
Que seja o que for
Pra ser, sentir ou deixar passar
Horas e horas e horas
Mas sento sem ver o tempo passar
Figuras repetidas jogadas ao deus dará
Mas quem é você pra dizer se certo ou errado está?